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Geografia Politica e Geopolítica são as mesmas coisas?

 

É muito comum o uso reccorente das duas expressões como se fossem sinônimos ou como se elas se referissem a mesma coisa. Talvez devido o histórico com que a geografia tende a suprimir muitas palavras e termos (um bom exemplo disso é quando substituímos as palavras dos índices social e econômico por um só termo: socioeconômico). 

Pois bem, a Geografia Política é a área de estudo da geografia sobre os Estados, seria basicamente a aplicação dos estudos da ciência geográfica na gestão e fortalecimento de uma nação. Termo desenvolvido em meados do século XIX por um geógrafo alemão, Friedrich Ratzel, esse estudo tinha como dois grandes pilares o determinismo geográfico, uma corrente de pensamento alemã que dizia que as localidades determinavam as potencialidades humanas, sociais, econômicas, e o espaço vital, que conceituava a região para o desenvolvimento de uma nação.

Friedrich Ratzel


 O contexto em que se insere esta Geografia Política é o momento da unificação Alemã em um Estado-Nação e da “expansão à oeste” que ocorreu nos Estados Unidos (faremos um post sobre o Destino Manifesto e Unificação Alemã).

Esses estudos de Ratzel foram influenciados pelas teorias de Charles Darwin – do livro A Evolução das Espécies – obra que deu base para muitos postulados científicos da época. Todas essas influências fazem Ratzel entender o Estado-Nação como um organismo vivo que evolui, tendo assim Nações mais evoluídas que outras. E essa evolução dar-se-á de acordo com as localidades.

Obs: caso uma nação fosse bem desenvolvida (evoluída), ela teria por seu dever, expandir seu espaço vital, tomando outros territórios até chegar ao progresso máximo (em breve também teremos um post sobre o espaço vital).

Já a Geopolítica difere um pouco por se tratar do estudo das relações entre os Estados (países, governos), políticas de alianças e prioridades. Os países com maior capacidade econômica irão organizar o mundo segundo a visão deles. Ou seja, irão impor uma ordem no mundo segundo seus interesses e prioridades.

Rudolph Kjéllen

Embora o termo Geopolítica ter sido proferido pela primeira vez em 1899 pelo cientista político sueco Rudolph Kjéllen, seu significado já era explorado por vários pensadores (como Aristóteles e Estribão na Grécia Antiga, Alberto Magno e Montesquieu, na idade média e era moderna, respectivamente) que alertavam sobre a importância geográfica na organização das sociedades.
De grosso modo, a Geografia política preocupa-se com as relações e caracterizações espaciais relacionadas ao poder do Estado, a Geopolítica pauta-se nas estratégias e relações internacionais envolvendo os Estados, suas soberanias e relações de poder.



REFERÊNCIAS

CASTRO, I. E. Geografia e política: território, escalas de ação e instituições. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.
COSTA, W. M. Geografia Política e Geopolítica. São Paulo: Edusp, 1992.

Geografia Geral x Geografia Regional

 A Geografia é a ciência que se preocupa em compreender os aspectos e as dinâmicas do espaço geográfico, bem como a forma que ele transforma e é transformado pelas atividades humanas em âmbito sociocultural, ambiental, econômico, político, entre outros.


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A Geografia Geral não contempla apenas as categorias que são a base da ciência geográfica, mas também temas que concentram outros conceitos relevantes para a análise da produção do espaço geográfico por possuírem uma ampla dimensão em termos temáticos e de escala. São questões que costumam apresentar um alto grau de interdisciplinaridade e envolver múltiplas relações entre os diversos ramos do saber geográfico, integrando o meio físico, o humano, o global e o regional.

Já a Geografia Regional é o estudo das regiões ao redor do mundo na busca de compreender e definir as características únicas de uma região em particular, que consistem de elementos naturais e humanos. É dada atenção também à regionalização que cobre as técnicas de delineação do espaço em regiões.

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A geografia regional também é considerada uma abordagem do estudo das ciências geográficas. Essa abordagem prevaleceu durante a segunda metade do século XIX e a primeira metade do século XX também conhecida como o período do paradigma geográfico regional. Posteriormente foi criticada por sua descritividade e a falta de teoria. O paradigma da geografia regional teve impacto em muitas das ciências geográficas como a geografia econômica regional ou a geomorfologia regional.

Geógrafos regionais notáveis foram Vidal de la Blache, da França, com a abordagem possibilista sendo um contraponto ou até mesmo uma noção mais leve do determinismo geográfico e o geógrafo norte-americano Richard Hartshorne com seu conceito de diferenciação de áreas. No Brasil, a geografia regional é muito importante para o planejamento e gestão do estado, o maior orgão neste sentido é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, que organiza seus estudos a partir de diversas divisões regionais.
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REFERÊNCIAS

BEZZI, M. L. Região: uma (re)visão historiográfica – da gênese aos novos paradigmas. Santa Maria: Editora da UFSM, 2004.
CHRISTOFOLETTI, A. Perspectiva da geografia. São Paulo: Difel, 1982.
CORRÊA, R. L. Região e organização espacial. São Paulo, Ática, 2003.

Breve biografia dos precursores da Geografia como a conhecemos

Friedrich Ratzel vs Paul Vidal de La Blache. Por que são nomes tão importantes que você deve conhecer? 




Friedrich Ratzel (1844-1904) foi um geógrafo que teve como principal obra o livro Antropogeografia – fundamentos da aplicação da Geografia à História(1882) onde muitos acreditam que fundou a Geografia humana.

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Nela Ratzel definiu o objeto geográfico como o estudo da influência que as condições naturais exercem sobre a humanidade, ou seja, tais condições naturais “moldaria” o caráter humano, onde este refletiria na sociedade tanto em suas posses como na sua cultura; neste caso a situação natureza > homem (natureza delimita o homem). Para ele o homem precisaria utilizar os recursos da natureza, para conquistar sua liberdade pois a medida que a sociedade se expande ela necessitaria de mais recursos, se eles eram escassos a sociedade não se desenvolvia (aí que surge o termo “espaço vital”), se a sociedade dependia da natureza teria de a proteger por isso segundo ele “Quando a sociedade se organiza para defender o território, transforma-se em Estado”.

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Para entender melhor essas formulações é necessário se colocar no espaço/tempo em que eles às postulou, que foi justamente durante a formação real da Alemanha e a seu processo de expansão. Para que a unificação se concretizasse houve uma guerra entre os dois reinos, Áustria e Prússia (1886), que culminou com a vitória da Prússia, que veria então a exercer forte influência no estado em formação como por exemplo: a organização militar tanto social como estatal, o espirito nacionalista e uma política externa extremamente agressiva. Este país emergia como mais uma unidade do centro do mundo capitalista, industrializada, porém sem colônias devido sua unificação tardia. Ratzel vai ser um representante típico do intelectual engajado no projeto estatal; sua obra propõe uma legitimação do expansionismo bismarckiano, chegando a exaltar e comparar o Imperialismo a “uma luta pela sobrevivência”.
A geografia “Ratzeliana” privilegiou o elemento humano e abriu várias frentes de estudo, com um foco mais para as questões históricas/espaciais , como: a formação dos territórios, a distribuição da humanidade na Terra (migrações, colonizações, etc), o de povos isolamento e o que causaria aos mesmos , além de estudos monográficos das áreas habitadas; mas sempre considerando as imposições naturais e não sociais sobre o homem como já citado anteriormente.
Em termos de metodologia a Geografia “Ratzeliana” não expos grandes novidades manteve ela como uma ciência sintética de base empírica e naturalista, mesmo apesar de propor que ela deveria ser observada como umm todo não somente de uma forma regional como ele mesmo propõe “ver o lugar como objeto em si, e como elemento de uma cadeia”.
Os discípulos de Ratzel colocaram suas formulações de um modo muito radical simplificando-as, tomando por base nos seus estudos a máxima “o homem é um produto do meio” (onde Ratzel colocava apenas a influência do meio no homem) e formaram o que hoje se chama de “escola determinista” ou “determinismo geográfico”.
A importância de Ratzel na Geografia foi grande pois, ele trouxe temas que até então não eram abordados por ela (econômicos e políticos) e por fim colocou o homem com um ser central nas suas análises mesmo que este fosse visto por ele apenas como um animal, ao não diferenciar as suas qualidades específicas.

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De outro lado, temos Paul Vidal de La Blache (1845-1918) que foi um geógrafo francês e um dos nomes mais lembrados no que se refere à história do pensamento geográfico. Sua obra é bastante reconhecida por ser fundadora da corrente de pensamento que veio a ser denominada por Possibilismo, em oposição ao Determinismo Geográfico alemão. Vidal também foi considerado o fundador da escola regional francesa.

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La Blache rejeitava a ideia preconizada por Friedrich Ratzel e principalmente de seus discípulos que caracterizaram a escola alemã de geografia, onde as condições naturais do meio influenciavam e determinavam as atividades humanas e a vida em sociedade. Para Vidal, o homem também transformava o meio onde vivia, de forma que para as ações humanas, diversas possibilidades eram possíveis, uma vez que essas não obedeceriam a uma relação entre causa e efeito.
Graças à sua formação, La Blache trouxe para a Geografia a importância do tempo e da história para os estudos geográficos. Foi considerado, por isso, um dos grandes responsáveis pela difusão da Geografia Humana, apesar de afirmar que a Geografia não deveria estudar o homem, mas o meio em que ele vive.
La Blache também defendia a prática de uma Geografia Regional. Para esse pensador, seria impossível, ao menos naquele momento, alcançar visões totalizantes para a realidade, de forma que os conhecimentos e os conceitos só deveriam ser aplicados em realidades específicas. Por isso, incentivou e participou de muitas monografias regionais, isto é, estudos que se preocupavam apenas com uma determinada região e que se caracterizavam por serem extremamente descritivos.
Por isso, o conceito de região foi muito importante em sua obra. Na teoria lablacheana, esse conceito estava associado às paisagens naturais, de forma que uma região existia no espaço independente da vontade humana, cabendo aos cientistas apenas identificá-las e expor suas características. Tal conceito foi mais tarde criticado (um dia farei um post sobre essa polêmica regional).
Outro conceito muito importante em sua obra foi o de Gênero de Vida. Para La Blache, as regiões constituíam um meio vivo que proporcionaria o desenvolvimento das sociedades. Com a utilização dos recursos regionais naturais, a vida em sociedade constituiria, então, o que se denominou por gêneros de vida.
A partir desses conceitos e de um método que se caracterizava por ser uma sequência entre observação, comparação e conclusão, Vidal se tornou um dos maiores nomes da ciência geográfica e contribuiu para alavancar a Geografia Francesa para se opor e apresentar-se enquanto alternativa à Geografia Alemã e as suas intenções geopolíticas.

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REFERÊNCIAS

MORAES, Antônio Carlos R. A gênese da Geografia Moderna. São Paulo: HUCITEC, 2002.
OLIVEIRA, A. U. de. (Org.) Para onde vai o ensino de Geografia? São Paulo: Contexto, 1989.


Como se trabalha a ciência geográfica?


Já se perguntou sobre os fundamentos das coisas que a Geografia explica? Então esse texto é pra ti!

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A Geografia é uma ciência, e como toda ciência, faz uso de muitos procedimentos metodológicos, dentre os quais, vale destacar:



  • Hipótese: suposição ou especulação. É uma formulação provisória, com intenções de ser posteriormente demonstrada ou verificada, constituindo uma suposição admissível.
  • Observação: consiste em perceber, ver e não interpretar. A observação é relatada como foi visualizada, sem que, a princípio, as ideias interpretativas dos observadores sejam tomadas.
  • Experimento: procedimento no qual alterações propositais são feitas nas variáveis de entrada de um processo ou sistema, de modo que se possa avaliar as possíveis alterações sofrida pela variável resposta, como também as razões de sua alteração
  • Lei geral: é a descrição de um fenômeno observado. Não explica por que o fenômeno existe ou causa.
  • Teoria: é um conceito que elucida o conjunto de hipóteses observadas, demonstradas, experimentadas e descritas de maneira organizada, ou seja, se dedica à explicação da existência ou causa dos fenômenos.

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E como explicamos anteriormente no post sobre o objeto de estudo misto da geografia, existe um campo vasto em que esta ciência se aprofunda, mas para ficar um pouco mais claro à você, vamos pontuar aqui os principais elementos (ou pelo menos os de maior incidência na produção científica brasileira).



Competência da geografia:
  • Estudar as relações entre o ser humano e o meio natural;
  • Observar e analisar os fenômenos físicos da Terra;
  • Compreender as relações entre fenômenos físicos, bióticos e as consequências sobre as sociedades;
E você deve estar se perguntando: "ok, mas como isso é possível? Eu não vi nada disso na escola". 
Sim, você não viu nada disso porque na escola o saber científico não é aprofundado por diversos motivos (um dia farei um post dedicando estes motivos), então nas escolas o que se estuda é a ciência após uma transposição didático-pedagógica, onde formulações e teorias são traduzidas para uma linguagem mais acessível e acrescentadas do grande esforço de um professor para fazer com que os estudantes entendam os fenômenos sociais, naturais e suas relações. Por isso as escolas seriadas do maternal até o último ano do ensino médio são também denominadas de educação BÁSICA.

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REFERÊNCIAS

MORAES, Antônio Carlos R. A gênese da Geografia Moderna. São Paulo: HUCITEC, 2002.
OLIVEIRA, A. U. de. (Org.) Para onde vai o ensino de Geografia? São Paulo: Contexto, 1989.
SILVA, Lenyra R. da. A natureza contraditória do espaço geográfico. São Paulo: Contexto, 1991.

"Se a Geografia é uma ciência humana, por que ela também trabalha coisas naturais como relevo e clima?"

Se você nunca entendeu porque estuda natureza e a sociedade numa só disciplina, entenda agora!



Provavelmente você já deve ter se questionado algo parecido com isso, "ué, se a geografia é de humanas qual a razão dela falar dessas coisas naturais?". A resposta não é nem um pouco simples, mas vamos tentar ajudar vocês a entender um pouco melhor.
Para te ajudar, vou precisar que façamos um esforço juntos em retomar lá na metade do século XIX - momento de constituição do saber geográfico enquanto ciência. Até aquele período, a geografia estava muito restrita a um objeto de estudo Corológico, ou seja, muito descritivo da natureza e fenômenos naturais (por isso ainda temos marcas fortes das aulas da tia Mariazinha para decorar nomes e estruturas das coisas). Essa marca natural é atribuída com grande importância no próprio nome da ciência: Geo = Terra; grafia = Estudos.

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Possivelmente você deve estar agora pensando o mesmo que os cientistas da época "Nossa, mas isso parece muito pouco para uma ciência, uma mera descrição das coisas não é lá grande coisa", sim você está correto(a) ao pensar isso. Por isso que os estudiosos da época começaram a dedicar seus estudos à descrição e explicação das coisas, mas ainda parecia muito reduzido explicar a natureza pela própria natureza (além, é claro de dar a entender que nós humanos não somos tão superiores a ponto de influenciar os ambientes rsrs).
E isso foi mudando aos poucos até que uma obra é publicada em 1859 e obtém repercussão para toda comunidade científica e sociedade até os dias atuais, sim, o livro "A Origem das Espécies" de Charles Darwin que se apresenta um novo paradigma às ciências biológicas e a todas as outras formas de pensar como a Geografia, isso porque, a tese de Darwin demonstra o papel da geografia na distribuição, convívio e evolução das espécies. 
Contemporâneo a Darwin, outro biólogo de formação mas com muita propriedade para falar de Geografia, o alemão Friedrich Ratzel (considerado por muitos como o pai da geografia e da Geografia Política), a obra Antropogeografia, já adiantava em seu próprio termo a ideia da relação do homem e da natureza. construindo um saber marcado sob o determinismo geográfico (falaremos melhor sobre isso num outro momento).
A obra deste alemão rende discussões até hoje, pois ele escreveu no final do século XIX sob a influencia que a natureza exerce sobre os homens, mais a frente esta tese foi rebatida por um outro geógrafo, só que desta vez francês, Paul Vidal de La Blache, cuja tese apresentava uma versão diferente, onde reconhecia a influencia do meio sobre o homem, mas apontando que o ser humano possui habilidades que o diferencia dos demais seres, atribuindo a possibilidade do homem mudar o meio em que vive. Duas razões valem ser destacadas aqui para esse momento de disputas teóricas:
  • A tese de Ratzel foi criticada pois, segundo os pensadores da época, parecia reduzir o homem a um mero ser que é determinado pelas condições impostas pela natureza;
  • Rivalidade franco-alemã, onde era forte a aversão francesa em relação a tudo de origem germânica devido a derrota francesa na guerra franco-prussiana e a perda dos territórios de Alsácia e Lorena para a Alemanha;

Assim, muito se passou desde então, e o objeto de estudo da geografia foi alterando conforme as tendências científicas, mas o que sempre instigou a maioria das produções foi a relação dialética do homem e a natureza.

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Logo, podemos entender que o objeto de estudo da Geografia está não somente no homem e suas relações, tampouco na natureza e seus fenômenos, mas sim na relação Homem x Natureza, por isso estudamos tanto as ações humanas como os fenômenos naturais, pois entendemos que nenhum destes está isolado de modo que não vá impactar ou repercutir no outro.

 
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REFERÊNCIAS


MORAES, Antônio Carlos R. A gênese da Geografia Moderna. São Paulo: HUCITEC/EDUSP, 2002.
_________. Geografia: Pequena história crítica. São Paulo: HUCITEC, 2001.
SILVA, Lenyra R. da. A natureza contraditória do espaço geográfico. São Paulo: Contexto, 1991.

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